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       Crianças aprendem sobre consumo responsável

Matéria enviada por:  Água on Line
Enviado em: 22/11/2002

Preparar crianças e adolescentes com idades entre 07 a 17 anos de todo o País para lidarem no dia-a-dia com a preservação ambiental do planeta, trabalhando o conceito do consumo consciente. Esta é a proposta do "Projeto Sou Mais Nós” no AABB Comunidade", que foi lançado nacionalmente, no dia 19, pela Fundação Banco do Brasil e Federação Nacional das AABB - FENABB, em parceria com o Instituto Akatu e Instituto Cultural Maurício de Sousa.

O projeto social envolverá cerca de 53 mil crianças e adolescentes atendidos pelo Programa AABB Comunidade em 395 municípios de 25 estados, a partir de março de 2003. O objetivo é despertar nos jovens uma consciência coletiva quanto ao desperdício de água, energia, bens naturais, e contribuir para uma sociedade mais saudável e justa.

O AABB Comunidade é um programa de complementação escolar que desenvolve atividades lúdicas e pedagógicas de saúde, cultura, esporte e lazer, e proporciona novas perspectivas de vida a crianças e adolescentes de famílias de baixa renda.

Numa primeira etapa, serão distribuídos gibis com os personagens da Turma da Mônica, de linguagem fácil e objetiva. Neles, as crianças terão a oportunidade de saber a importância da preservação dos recursos da natureza para melhoria da qualidade de vida. Temas como desmatamento de florestas, poluição do ar, desperdício de água, aproveitamento do solo e das plantações, fazem parte do conteúdo da revista em quadrinhos.

“Queremos desenvolver nestes pequenos cidadãos uma consciência que garantirá um futuro melhor a todos nós”, afirma a presidente da Fundação, Heloisa Helena de Oliveira. “O consumo consciente é o processo de escolha que visa equilibrar o bem-estar do consumidor com as possibilidades ambientais e as necessidades sociais”, explica Flávia Aidar, do Akatu.

Os educadores do NTC/PUC (SP), irão receber treinamento do Instituto Akatu para repassar a metodologia e orientação pedagógica do projeto. As crianças e adolescentes também serão os disseminadores dos conceitos de consumo consciente no ambiente familiar, escolar e na comunidade.


Biodiversidade


Os governos devem sair das palavras para a ação. Esta foi a principal conclusão da 17ª Seção do Foro Global da Biodiversidade (GBF em inglês) que se realizou em Valência (Espanha) de 15 a 17 de novembro.

O GBF convocou mais de 200 especialistas de 68 países para discutir cmmo melhorar a gestão das zonas úmidas, a proteção de suas espécies e permanecer como uma fonte vital de recursos para as comunidades mais pobres no mundo.

"Estamos destruindo as áreas úmidas
e, consequentemente, as espécies
e as comunidades que dependem delas.
Os governos devem aplicar os princípios,
os guias e as ferramentas em lugar de fazer bonitas promessas de novo"
concluiu Tim Jones, especialista em zonas úmidas e responsável do GBF.

Este alerta do GBF vem alguns dias antes do início da 8ª Conferência das Partes da Convenção de Ramsar sobre Áreas Úmidas. Os governos que firmaram este tratado internacional se comprometeram a proteger essa áreas e melhorar sua gestão para alcançar um beneficio econômico, social e ambiental para todos. Se estima que as áreas úmidas (banhados) proporcionam US$ 8,7 bilhões (mais ou menos a mesma quantidade que o Produto Nacional Bruto do Canadá) por ano à humanidade.

"Os governos deram pouca atenção ao que acordaram na última Conferência das na Costa Rica há três anos. Por exemplo, não conter a extensão descontrolada da agricultura e piscicultura nas zonas úmidas" destacou Maurício Ferrari, do Forest People´s Forum (Reino Unido).

Apesar de a Convenção Ramsar ter alcançado alguns êxitos na proteção das áreas úmidas, muitos destes ecossistemas ainda permanecem em grave perigo, resultando por isso, ameaçadas suas espécies, os recursos naturais que proporcionam os modos de vida de muitas comunidades e incrementando o risco de inundações e secas.


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