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       As belezas de Ilhabela

Matéria enviada por:  Água online
Enviado em: 22/06/2003

As belezas de Ilhabela


Com o apoio da Toyota do Brasil, a bordo de uma picape Hilux 4X4, o jornalista e ecologista Antônio Paulo Pavone, indica os points de ecoturismo e esportes radicais de São Paulo. A série São Paulo Aventura conta também com o apoio da Secretaria do Meio Ambiente de São Paulo (SEMA).


No litoral norte paulista, a maior ilha marítima brasileira tem trilhas na mata atlântica, cachoeiras e um marzão de tirar o fôlego. Se você gosta de alternar caminho de mato com onda de mar vale a pena conhecer Ilhabela, no litoral paulista. Ela tem 346 quilômetros quadrados. Desse montante, 85% são protegidos por um Parque Estadual. É considerada a maior área intocada de Mata Atlântica no Estado de São Paulo. São 27.025 hectares de floresta tropical latifoliada úmida de encosta, com alto grau de biodiversidade.

Escondidas pela densa vegetação existem por lá centenas de cachoeiras, enfileiradas nas escarpas de várias montanhas, com altitudes que variam de 600 a 1.300 metros, para alegria dos montanhistas. Coberta pelo verde, esconde trilhas isoladas, ótimas para a prática dos mais diversos esportes radicais. A maioria delas levam a praias remotas, algumas com boas ondas, para surfista nenhum botar defeito. Ao todo são 130 quilômetros de costeiras, por onde se espalham 43 praias.

Com boa infra-estrutura para embarcações a vela, hotéis e pousadas na face voltada para o continente, apresenta um lado inóspito na parte leste, com praias desertas também ao sul e ao norte. Avenida radical Um caminho quase todo asfaltado, com 38 quilômetros de extensão, interliga a ilha na direção norte-sul, passando pela charmosa vila e centro comercial. A única conexão por terra com a parte leste, no entanto, é uma estrada-aventura, muito tortuosa e cheia de surpresas, que tem nomes regionais como Morro do Sabão e outros ainda mais escorregadios.

A avenida radical serpenteia em meio a um bom trecho de serra. É indicada a todos que desejarem treinar off road, motocross ou mountain bike. Cheia de buracos, precipícios e valetas, a vereda de chão batido cruza a portaria do Parque Estadual de Ilhabela e avança até o coração da reserva biológica. Durante as chuvas, ela se transforma num imenso atoleiro. Alguns grupos fazem o trajeto a pé.


Caminhada light



Logo no início, na portaria do Parque, existem placas que indicam algumas boas opções de caminhada ligth. São as trilhas autoguiadas que levam até poços e cachoeiras como a da Água Branca, da Escada e da Pedra. Esse trecho do parque guarda também outra atração: a torre de observação de aves, única existente no litoral norte para este tipo de atividade.

A estrada-aventura que leva até o lado selvagem da ilha começa ao nível do mar e vai se elevando rapidamente até mais de 800 metros de altitude e se estende por 22 km. Atravessa morrarias, regatos e densas porções de Mata Atlântica, onde ainda é possível observar tucanos e outras aves coloridas. No final do trajeto, a recompensa é o mar cristalino e cheio de peixes da praia de Castelhanos. O acesso complicado preservou o abrigado refúgio ecológico. No passado, o local serviu de esconderijo de piratas e navios negreiros.

A partir dali há trilhas que levam até outras praias selvagens como a Mansa, Vermelha, Figueira e a do Gato. É por ali também que fica a misteriosa e imponente cachoeira do Gato, uma das maiores da região, com cerca de 80 metros. O percurso até a grande queda d’água começa no canto esquerdo da praia e tem cerca de 2 km. A vegetação é fechada e a trilha inclinada requer um bom preparo. O esforço é recompensado pelo espetáculo da água despencando por um paredão rochoso, ideal para o cascading. A seguir, uma segunda queda forma um estimulante poço transparente.


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