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Campismo
Enviado em: 29/10/2003
Segundo a Organização Mundial de Turismo, enquanto o setor de turismo cresce 7,5% ao ano, o ecoturismo cresce mais de 20%. A explicação é óbvia: é gente da cidade grande procurando a natureza.
O vermelho das bromélias se destaca em meio a tanto verde. O cheiro do mato e o frescor da manhã ativam o olfato. Barulho de pássaros, macacos e cachoeiras são ouvidos por aqueles que optam pela prática do trekking ou hiking, nome dado às trilhas curtas. Se ausentar pelo menos por um dia dos transtornos de São Paulo é o caminho utilizado para o entretenimento dos aficionados por natureza e aos que na atividade encontraram a cura para problemas psíquicos.
Segundo uma pesquisa de 2002 da Organização Mundial do Turismo (OMT), enquanto o turismo cresce 7,5% ao ano, o ecoturismo cresce mais de 20%. Um movimento de mais de 50 milhões de turistas em todo o mundo. Só no Brasil, segundo dados do ano passado do Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur), são mais de 500 mil ecoturistas que partem de suas casas em busca de aventura.
O trekking abocanha parte desse crescimento, principalmente porque as trilhas de um dia são uma opção barata de divertimento. “Muitas pessoas não podem ou não têm condições financeiras de sair de São Paulo por muito tempo. Ficar um dia longe da cidade é o suficiente para se sentirem aliviadas”, explica Yolanda de Oliveira, proprietária da agência TerrAzul, que trabalha há 12 anos com ecoturismo.
Para João Allievi, presidente do Instituto de Ecoturismo do Brasil, a conscientização ecológica nas escolas e a necessidade de os alunos vivenciarem o aprendizado das aulas de educação ambiental contribuem para alavancar o segmento. “Há uma estimativa de que pelo menos duas vezes por ano 90% das escolas particulares de São Paulo levam seus estudantes para as trilhas da Serra do Mar ou Cantareira, para presenciarem o que viram em sala de aula. É uma maneira de despertar a consciência ecológica e disseminar o ecoturismo.”
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