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       Acampamento 24h

Matéria enviada por:  Tropa Sênior Cambirela
Enviado em: 07/12/2003

Lenda do acampamento 24 horas dos dias 13 e 14 de setembro de 2003Bocejo, Festa e Diversão em Apenas 24 horas... Vai Encarar Todos estavam ansiosos para participar do acampamento, era um acampamento diferente, que despertava a curiosidade e o interesse das pessoas, começando pela hora de início: meio dia, todos estavam acostumados a acordar cedo para acampamentos mas dessa vez foi diferente. Isso não quer dizer que as pessoas estavam sem sono...Todos se encontraram, no camping da CIDASC, lá no Rio Vermelho, pra variar, várias pessoas chegaram vários minutos depois do início da atividade. A primeira programação, depois do IBOA era o almoço, todos tiraram suas marmitinhas e começaram a comer. Matheus um cara disposto estava se livrando do sono se exercitando, ele fez bastante força, o que é bem diferente de fazer barra o que de fato ele tentou fazer, ele ainda estava com sono.O primeiro jogo do acampamento chamava tocaia. Era um jogo de velocidade, agilidade, vista boa e inteligência. Todos os participantes tinham em cada bochecha, duas letras, o objetivo do jogo era sobrar, e para matar o adversário era preciso pronunciar o seu nome e em seguida as duas letras. O jogo foi divertido, as pessoas passavam andando de costas, botavam suas cabeças atrás de árvores, faziam de tudo para esconder as preciosas duas letras. O segundo jogo foi um jogo de inteligência, alguém dizia uma profissão, e os demais falavam coisas que aquele profissional usava no trabalho. Da pra aprender várias coisas, eu, por exemplo, não sabia que marceneiro usava boné, é lógico que existe um marceneiro com boné, mas não é um objeto de trabalho. É a mesma coisa dizer que um médico usa lentes de contato, um Office boy usa CD player ou uma cozinheira usa calcinha. Depois decidimos fazer a mesma coisa com desenhos animados... Minha mãe, desenterraram vários desenhos, alguns eu nem conhecia, de tantos desenhos que tinha agente chegava a esquecer, o João mesmo era o que mais inventava desenhos.Depois, um novo jogo foi feito. O objetivo era alcançar um totem, no meio do campo de futebol, a única dificuldade é que tinha que fazer isso sem ver. Várias estratégias foram utilizadas para tentar conseguir um melhor desempenho. Contar o número de passos das pessoas, analisar a posição do vento, usar pontos de referência como traves de futebol, foram várias estratégias para pouco sucesso, quer dizer, para nenhum sucesso, ninguém conseguiu alcançar o totem. Era engraçado, por que as pessoas que já haviam ido, ficavam fazendo sinais, de mais pra lá ou pra cá, eu acho que eles não perceberam que a pessoa estava vendada. Rumo a Barra da Lagoa, decidimos harmoniosamente, ir pela praia, mas lá não estava tão harmonioso assim. Tava fazendo um vento desgraçado, e ele definitivamente não estava a nosso favor. Eu acho que ele não foi com a cara do Júlio, bem no comecinho, ele pegou um papelzinho do Júlio, e ficou fazendo o coitado de palhaço no meio da praia... Se ele conseguiu pegar o papel Não, o querido amigo vento jogou o outro querido amigo papel, no querido amigo mar.Finalmente, chegamos até a praia, lá fizemos ou tentamos fazer várias coisas. Eu acho que tinha alguma coisa naquela areia, por que as pessoas começaram a ficar Joselitas termo introduzido na tropa pelo chefe Júlio, quer dizer, sem a mínima noção das coisas. Era gente pulando na areia, era areia pulando na gente, era gente pulando na gente tinha de tudo um pouco. Tentamos fazer uma pirâmide... Meu deus, as pessoas que ficaram na base nunca vão esquecer desse dia, era pior situação do mundo. Tinha que ficar de quatro na areia, enquanto isso, uma pessoa subia em cima de você, colocando todo o peso dela no joelho, que coincidentemente estava apoiado na suas costas, sem contar àquelas pessoas que não fizeram questão de participar da pirâmide e ficavam falando: abre mais a perna empina mais essa bunda ou seja, foi uma experiência realmente inesquecível... Pelo menos conseguimos completar a pirâmide. Na volta, que foi pela estrada, o João não estava presente ele foi de carro, do mesmo jeito que a Mariana foi na ida. Chegando de volta no camping, foi a cena mais linda, o João literalmente dormindo, e quando eu digo literalmente eu digo que ele estava todo esparramado, e ainda tava roncando. Como a galera é super solidária, eles pegaram, cada um num lado do carro e começaram a chacoalhar o veículo acompanhados do sinfônico som da buzina do carro do Júlio. Será que ele acordouHora do banho, mas não para todos, algumas pessoas preferiram ocupar seu tempo dando um aroma natural ao banheiro feminino, era uma espécie de incenso em forma de pavio, eu não sei se vem da Alemanha, mas o pessoal chama isso de peido alemão. Outros, ou os mesmos preferiram dar um outro aroma natural, mais agora era no lugar onde a galera ficava, e dessa vez não foi com o peido alemão e sim com palha seca abafada na fogueira, pelo menos espantava os mosquitos, e as pessoas também.Nesse tempo que teve entre o banho e a janta, foram inventados e praticados dois esportes. O primeiro era uma adaptação do famoso frisbis, aquele que é um disquinho jogado entra as pessoas ou com o cachorro. Só que em vez de ser jogado com um disquinho, era jogado com uma gigantesca tampa de caixa dágua, e era engraçado, por que tinha vento, o que fazia o disco voltar para quem o jogou, que não gostava muito da idéia e saia correndo. O outro esporte, esse agora inventado mesmo, foi batizado de a caixa humana. Era uma caixa dágua, cuja tampa vocês já conhecem, onde entrava uma pessoa por livre e espontâneo empurrão, e essa pessoa era transportada para vários lugares diferentes: descidas, subidas, areia até em cima do lixeiro eles colocavam a caixa. Este esporte foi praticado duas vezes, por duas pessoas diferentes.Para ganhar a comida, tivemos que participar de um problema de lógica, o resultado do problema ia ser a nossa janta, que foi peixe com batatas. O fogo estava extremamente alto, o que dificultava o manuseamento das panelas e grelhas, mais graças a deus, apenas uma panela caiu, a de batatas, mais eu acho que não foi muita gente que percebeu. Só para tranqilizar a todos, é importante dizer que a panela de batatas que caiu, foi reerguida com algumas batatas dentro, porém estas NÃO foram ingeridas por nenhum participante do acampamento. Na hora de comer, as pessoas abusaram, da comida, e de seus rins também, tinha mais sal naquela comida do que dentro daqueles bonequinhos de boné. Começamos um debate muito interessante sobre religiões, falamos várias coisas sobre várias religiões, budismo, bruxismo, a religião dos ETs e várias outras coisas. Várias opiniões foram dadas, e lembram do Mateus Quvedo, ele também estava lá para dizer a visão da parapsicologia sobre tudo aquilo. Eu acho que o João estava com sérias dores no pescoço naquele debate, ele ficava indo com a cabeça para cima e depois para baixo, alguns disseram que ele estava dormindo, mais não sei não.Até o programa da Márcia Goldsmith, foi citado naquele debate, foi um daqueles debates em que você aprende várias coisas sobre vários assuntos diferentes.Logo após o debate, e isso já era bem de noite, iniciou-se um adestramento sobre a desidratação, logo após fizemos um jogo, onde uma equipe ficava no meio e a outra tinha que atravessar... Era uma espécie de buldog só que o objetivo era preparar a maior quantidade de doses de soro caseiro, a equipe tinha que atravessar para pegar os ingredientes. Se a equipe do meio pegasse alguém, tinha que tirá-lo do chão e berrar: Diarréia Para fazer este e os demais jogos noturnos, a Mariana cedeu uma maquiagem facial preta, e deu pra quem quisesse passar, várias pessoas passaram, umas discretamente, outras exageradamente.Começamos a jogar Imagemação, um jogo extremamente divertido, o objetivo era fazer as pessoas de sua equipe adivinhar aquilo que você dizia, através de mímicas ou de desenhos. Saia cada coisa... O interessante é que as pessoas falavam sete vezes a mesma coisa com a esperança de conseguir acertar em alguma delas a mímica ou o desenho, sendo que na primeira a pessoa já dizia que não era.Começamos a jogar combate, um jogo de estratégia e de cartas que jogamos no meio da madrugada. Durante todo o acampamento, principalmente nesse jogo de cartas, tinha um cachorro que ficava seguindo, mas ele não parava, e como ele era preto, às vezes as pessoas confundiam com degraus e pisavam em cima dele. Tentamos até dar um nome à criatura, várias sugestões foram dadas: bicudo, dog, preto, nego... Mais o que mais me chamou atenção foi cachorro isso mesmo, tinha gente que queria dar o nome do cachorro de cachorro, imagine a cena Não esqueça de dar comida pro cachorro. No meio da madrugada, nós descemos, pro campo de futebol, fizemos uma roda em volta do lampião, e começamos a contar piada...Quer dizer, o Júlio começou a contar piada, o resto começou a dar aquelas dormidinhas instantâneas. Durante todo o acampamento, tivemos um excesso abusivo de palavras neutras ou palavras nulas. Esse tipo de palavra é caracterizado pelo fato de não dizer nada. Por exemplo: pra quer botar tipo ou ta no começo da frase Se fosse uma ou duas vezes tudo bem agora toda a santa frase, tenha santa paciência... Falando em paciência, vocês sabiam que existe um regime, que por coincidência foi adotado por uma guia da tropa que se chama regime da paciência. A guia explicou que é só você mastigar 60 vezes a cada vez que botar uma garfada de comida na boca. É super eficaz, por que além de diminuir o peso ele diminui a possibilidade de você morrer engasgado e também aumenta a massa muscular do seu maxilar. Começava uma nova etapa do acampamento, a hora do sono, era um momento de desespero, na programação não tinha nada, mas se nada fizéssemos, dormiríamos. Para resolver esse problema foram feitos vários jogos quebra-gelo ou quebra-galho. Revezamento de cavalos humanos, pega pinha... Dentre esses jogos, o nosso querido chefe João inventou um som, ao tentar descrever um barulho de chicote, um tal de SHELAPI eu particularmente nunca tinha escutado.Enquanto amanhecia, ficamos brincando com a corda, quer dizer, os chefes Joselitos se divertiram mais que agente, eles inventavam umas coisas assim de lembrar os tempos da infância, mais tudo com corda. Chegava a ser engraçado: os chefes passando com uma corda de um lado pro outro e o pessoal tendo que pular, ou abaixar pela corda, tinha cada salto esquisito que lembrava um circo de pulgas. Já era quase meio dia, ou seja, faltava pouco para completar as 24 h sem dormir, nesse tempo a galera tava pra baixo, literalmente pra baixo, ou seja, deitados no chão, alguns conversando, outros sonhando que estavam conversando. Mas tinham uns empolgados que não queriam dormir, pegaram as cordas fizeram, de tudo: esqui bunda, algemas, fossa baiana até um balanço numa árvore. Era hora do pente fino, nessa hora, eu notei a falta do meu lenço, onde estaria u meu lenço, haviam me dado na minha mão, decidi ir procurar, pedi ajuda a algumas pessoas, que me xingaram ao perceber que o lenço estava no meu bolso.Começava o arriamento da bandeira, as pessoas demonstravam os maiores sintomas da sonolência nesta hora, orações belíssimas, saudações para as árvores e tudo mais.A bandeira ia descendo, enquanto o pessoal pensava: colchão, lençol, cobertor, travesseiro a famosa cama. Todos queriam descansar, afinal não é todo dia que se passa 24h acordado, e ainda mais por que tinha aula na Segunda-feira. E assim fizeram, o acampamento tinha acabado, mais com certeza iria continuar, nos sonhos de cada um que na madrugada daquele dia viveu momentos inesquecíveis. Eric Zettermann Dias de Azevedo, O guardião de lendas.


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