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       Homenagem ao nosso Chefe

Matéria enviada por:  CIRO VOSGERAU
Enviado em: 26/10/2006

Hoje o Grupo Escoteiro Monte Alegre está um pouco menos alegre. Hoje Telêmaco Borba esté um pouco mais silenciosa. O Paraná e o Brasil estão taciturnos. Hoje o mundo está um bocadinho mais triste. Foi-se embora de nosso convívio o Chefe Nivaldo será sempre o nosso Chefe Nivaldo. Parece que a própria natureza, que ele tanto respeitava e tratava com carinho, amanheceu em compasso de espera.

Tudo está silente e, no calor impactante desse dia de outubro quase novembro, quase verão todas as crianças e adultos que conheceram e aprenderam a respeitar e gostar muito do seu Nivaldo, estão com o coração quieto e apreensivo.
É assim que acontece... como dizia o grande poetinha Vinicius de Moraes, de repente, não mais que de repente... do riso fez-se o pranto, ... da calma fez-se o vento, que dos olhos desfez a última chama, ... e do momento imóvel fez-se o drama, ... fez-se do amigo próximo, distante, fez-se da vida uma aventura errante, de repente, não mais que de repente Soneto da Separação.É essa a sina de quem está nesse mundo: deixá-lo um dia. Bem-aventurado aquele que, como o nosso Chefe Nivaldo, soube fazer dessa vida um verdadeiro aprendizado e, quando chega a hora em que Deus nos chama, deixa pra nós que ficamos por aqui ainda, além de muita saudade, uma sensação de que vale a pena. Vale a pena se esforçar no dia-a-dia; vale a pena sorrir; vale a pena desejar, de coração esse malvado, um bom dia; vale a pena tratar as pessoas com a dignidade com que elas merecem ser tratadas; vale a pena lutar por um sonho, ter um ideal; vale a pena sacrificar muito de si, só pra ver brotar um sorriso no olhar de uma criança... Vale a pena, valeu a pena, valeu Chefe Nivaldo...
Fica a sensação de que vai ser difícil sem o amigo, o parceiro, o Chefe que, até mesmo nas broncas, era bonachão e um grande sujeito. Mas, também, fica um sentimento de que ele, enfim, descansou, tirou umas merecidas férias e foi trabalhar do outro lado, junto de Deus e, onde quer que esteja, levou com ele um grande sorriso e a felicidade do dever cumprido.Nada mais nos resta senão que seguir adiante. Mas, cada um que conheceu o Chefe Nivaldo, segue um pouco ou muito mais rico, mais consciente da fragilidade e grandiosidade da vida. E esse é o maior legado que o Chefe Nivaldo nos deixou: o saber que dessa vida só se leva o que se deixa como dizia a minha avó. Como o Chefe Nivaldo nos deixou tanta coisa boa, tenho a plena convicção e fé de que ele foi daqui cercado de muita luz e será certamente contado entre os eleitos do Senhor, recebido nos braços de Maria e guiado por um coro de anjos.Hoje a tristeza não será passageira. Serão muitas, justas e emocionantes homenagens ao nosso Chefe Nivaldo que, de onde estiver, deve estar orgulhoso de sua obra e dos amigos que fez. Mas, o agradecimento mais importante, a homenagem mais sincera será prestada pelas crianças, que ele tanto amava. Cada sorriso, cada olhar, cada lembrança, cada lágrima desses anjinhos será, sem dúvida alguma, um muito obrigado Chefe Nivaldo, por tudo, por todos nós.Já se disse que o mundo fica pequeno sem grandes pessoas, mas cada vez que perdemos alguém tão próximo que às vezes, na correria do dia-a-dia, nos esquecemo de admirar, quando podíamos , sentimos com dureza que isso é uma verdade.Valeu Chefe Vai com Deus Aqui nós ficamos com o tesouro que nos deixou e, cada vez que nos lembrarmos de dizer um bom dia a quem passa, de dar um grande abraço num amigo, de perdoar quem nos chateia por qualquer motivo, de atendermos com atenção as crianças e velarmos por seu futuro, de sermos um pouquinho melhores em qualquer coisa, de nos esforçarmos para ter bondade no coração, estaremos prestando uma pequena homenagem a você.

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