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       Sobrevivência

Matéria enviada por:  Loester Teotônio Garcia
Enviado em: 21/03/2002

Estas dicas de sobrevivência na selva foram retiradas dos manuais Sobrevivência na Selva, do Centro de Instrução de Guerra na Selva - Comando Militar da Amazônia, e Sobrevivência na Selva, do IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, escrito por Cícero Feliciano de Pontes. Baseiam-se também na experiência do guia João Batista, que anda na selva amazônica com a desenvoltura de quem se sente em casa.
Embora todas as informações possam ser utilizadas, lembramos que isso é apenas um resumo do conhecimento que se deve ter para enfrentar uma situação realmente séria. Daí, a nossa recomendação para que essas dicas sejam consideradas apenas como um aprendizado divertido. Torcemos para que você jamais precise usá-las na vida real. Regras e cuidados: se você se perder, fique parado, não ande à toa; sente-se para descansar e pensar; alimente-se. Sem fome e sede, todo mundo raciocina melhor; oriente-se para saber onde está, de onde e por onde veio e para onde quer ir; nunca ande à noite. Os predadores têm hábitos noturnos e você dificilmente terá alguma chance diante deles; resista à tentação de puxar um cipó. Há grandes chances de caírem galhos soltos ou pequenos animais em sua cabeça; rede, mosquiteiro, facão, lanterna, isqueiro a gás e coragem são alguns dos materiais indispensáveis; olhe por onde anda e nunca meta a mão em buracos. Abrigomonte acampamento numa clareira.
A primeira providência é procurar troncos grossos e finos para a estrutura. Para as amarrações, use cipós ou cascas de certas árvores, como enviras pretas e brancas. Palhas ou folhas de palmeiras podem ser utilizadas como cobertura; se quiser um certo conforto, saiba que as palhas sem os talos ou as folhas de sororoca podem ser usadas para fazer uma espécie de colchão, que fica sobre as varas de madeira da cama; para se livrar dos carrapatos, passe no fogo as palhas que serão utilizadas; para garantir uma amarração firme, mantenha quatro dedos de distância entre os talos das palhas de cobertura e todos os talos amarrados ao teto. Fixe bem os esteios e observe a regularidade dos paus do assoalho. Por fim, capriche no acabamento. Acredite, isso melhora o ânimo; faça uma fogueira para espantar os bichos. Se chover, procure um formigueiro, porque dentro dele sempre há folhas secas, e você poderá usá-las para fazer uma fogueira. Em caso extremo, use cera de abelha ou a sola de borracha do calçado, pois a resina é impermeável; os insetos transmissores de malária e outras doenças tropicais têm hora certa para atacar. A partir das cinco da tarde, vá para a rede ou para o abrigo e cubra-se até as oito da noite; para evitar picadas de mosquitos, use, se possível, mosquiteiro para dormir. Repelente também é aconselhável. Se não tiver um vidro à mão, passe lama ou óleo de copaíba no rosto, pescoço e mãos; durma vestido, colocando as extremidades das calças para dentro das meias ou do calçado. Monte o abrigo longe de águas paradas. Se mesmo assim o mosquito alcançar você, resista à tentação de coçar a picada para não espalhar os germes.


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