Matéria enviada por:
Rogerio
Enviado em: 16/09/2002
O Instituto Florestal de São Paulo realiza no próximo dia 15 de setembro, às 10 horas, no Centro de Visitantes Marco Antonio dos Santos, em São Miguel Arcanjo (SP), a comemoração dos vinte anos de criação do Parque Estadual Carlos Botelho, uma das mais importantes unidades de conservação do Estado de São Paulo, onde se abrigam mais da metade dos 1.200 monos-carvoeiros existentes no Brasil.
O parque, com uma área de 37.644 hectares, se localiza na região sudoeste do Estado, estendendo-se pelos municípios de São Miguel Arcanjo, Capão Bonito, Sete Barras e Tapiraí.
A sua criação se deu com a unificação, por meio do Decreto Estadual nº 19.499, de 10 de setembro de 1982, de quatro reservas florestais denominadas Carlos Botelho, Capão Bonito, Travessão e Sete Barras, na Serra de Paranapiacaba.
O nome Carlos Botelho é uma homenagem ao médico urologista que foi secretário da Agricultura, Viação e Obras Públicas do Estado em 1904, na gestão de Jorge Tibiriçá. Nascido em Piracicaba, em 1855, e falecido em 1947, foi considerado o pioneiro da urologia no Brasil.
Junto com outras unidades de conservação da região, o parque integra desde 1991 a Zona Núcleo da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica. Em 30 de novembro de 1999, foi reconhecido pela Unesco como Sítio do Patrimônio Mundial Natural.
Além do mono-carvoeiro, o maior primata das América, essa unidade de conservação abriga outras espécies de animais ameaçadas de extinção, como a onça pintada, o que evidencia o grau de conservação dos ecossistemas existentes nessa reserva. É também nesse parque que se encontra uma das mais significativas populações de jacutinga, ave que vive exclusivamente em matas de serra alimentando-se, principalmente, de sementes de palmiteiros.
Um passeio no Parque Estadual Carlos Botelho propicia o contato direto com a natureza intocada, onde sobrevive uma fauna, cuja taxa de diversidade é uma das mais altas no País. Já foram identificadas mais de 220 espécies de aves, número que, segundo as estimativas científicas, pode alcançar os 400. Algumas espécies como o papagaio, a sabiá-cica, o gavião-pomba e o gavião-pega-macaco, também são indicadoras de matas bem conservadas.
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